Capa para o primeiro romance em prosa de Camila Lourenço, publicado pela editora Claraboia.

Por meio de um registro da obra Granada, de Manuela Costa Lima, a capa dá o tom às sensações de sufocamento e fragilidade retratadas pela narradora. A ideia de pedra corrompida é evidenciada através do encontro entre dois corpos – tenso e delicado encaixe proposto pela artista sem nenhuma intervenção em suas formas originais –, que se equilibram num gesto ao mesmo tempo bruto e extremamente vulnerável. O fundo de cor pastosa, quase asséptica, busca reforçar a superfície aparentemente ingênua e recatada da protagonista.

Fotografia da instalação por Gui Gomes.

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2022

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